Autor(a): Juan Justino de Araujo Neves
            Orientador(a): Selene Dall'Acqua Coutinho
            Data  da defesa: 20/02/2020
          Resumo: Os  dermatófitos são fungos importantes para a saúde pública, são transmitidos  entre animais e seres humanos causando zoonoses. Microsporum canis é o  principal agente das dermatofitoses em cães e gatos. A imunidade inata  desempenha importante papel frente à infecção contra dermatófitos; entretanto,  existem poucos estudos sobre a relação entre resposta imune inata e M. canis.  Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade fagocítica,  microbicida e imunomoduladora de macrófagos desafiados com microconídios de M.  canis. Macrófagos murinos, tratados ou não com LPS (1µg/ml), foram infectados  com M. canis na proporção de 0,25:1 (microconídios/macrófagos) e cultivados por  30 min, 1 h, 3 h e 6 h. Após cada intervalo, as lamínulas foram coletadas e  coradas por Giemsa, contando-se duzentas células e calculando-se a porcentagem  de macrófagos que internalizaram pelo menos um microconídio. O sobrenadante foi  coletado para medir os níveis de citocinas e óxido nítrico, e checou-se a viabilidade  celular e o perfil dos macrófagos durante a infecção. A porcentagem de  fagocitose aumentou no transcorrer do tempo, atingindo o máximo às 6 h. A  porcentagem de macrófagos não estimulados com LPS que fagocitaram microconídios  foi de 28,0%, 33,5%, 62,5% e 71,5%, respectivamente em 30 min, 1 h, 3 h e 6 h.  Nos macrófagos estimulados com LPS esta porcentagem foi de 34,5%, 47,5%, 67,0%  e 74,0%, respectivamente nos intervalos de 30 min, 1 h, 3 h e 6 h. A produção  de óxido nítrico foi similar em ambos, macrófagos estimulados ou não com LPS.  Níveis de TNF-α aumentaram no transcorrer do tempo em macrófagos desafiados com  M. canis estimulados ou não com LPS, quando comparados com macrófagos não  infectados (p<0,05). Níveis  superiores de IL-6 foram produzidos por macrófagos estimulados com LPS e  infectados com M. canis no intervalo de 1 h (p<0,05). A viabilidade celular  diminuiu com o tempo, com o pico de morte dos macrófagos às 6 h. O teste de  microbicidade mostrou que, mesmo após a fagocitose, os microconídios de M.  canis permaneciam viáveis dentro dos macrófagos. Os macrófagos mostraram um  perfil M2, o qual produz uma tendência de resposta anti-inflamatória que  favorece o crescimento fúngico. Macrófagos apresentaram alta atividade  fagocítica frente o M. canis, a qual aumentou quando previamente estimulados  com LPS. Estímulo com LPS também aumentou a produção de citocinas, sugerindo  uma modulação na resposta à infecção. O aumento na produção das citocinas  pró-inflamatórias TNF-α e IL-6 que são importantes no recrutamento de novas  células fagocíticas e na resolução da infecção, foi observado nos macrófagos  desafiados com M. canis. Os resultados sugerem que, apesar dos macrófagos  apresentarem atividade fagocítica e produção de citocinas quando desafiados com  M. canis, sua viabilidade e a atividade microbicida são prejudicadas, não sendo  capazes de controlar a infecção.
          Palavras-chave: Microsporum canis; dermatófitos; macrófagos; fagocitose; citocinas;  óxido nítrico.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades  Infecciosas e Parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e Doenças Infecciosas  Veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Marcelo Francisco dos Santos
            Orientador(a): Maria Anete Lallo
            Data  da defesa: 28/02/2020
          Resumo: O órgão de Gené (OG) secreta uma cera sobre os ovos  que reduz a perda de água e possui propriedades antimicrobianas. Neste estudo,  foi descrita a morfologia do OG de A. sculptum no 1º dia de oviposição (dovip)  bem como foram identificados os lipídios neutros encontrados no órgão e na  cera. Os resultados morfológicos mostraram que no 1º dovip as células  glandulares do OG sintetizam proteínas. Por outro lado, pontualmente, foram  notadas células glandulares necróticas e mitocôndrias, com sinais iniciais de  degeneração, confirmando o início da senescência dessas células. As análises  dos lipídios neutros mostraram que as glândulas craniais e caudais possuem  perfis idênticos indicando, dessa forma, que a individualização entre elas é  simplesmente anatômica. Ainda, os lipídios encontrados nas glândulas craniais e  caudais foram os mesmos encontrados na cera mostrando que o OG possui uma  função importante na síntese final da fração lipídica da cera do ovo.
          Palavras-chave: Ixodideo; Amblyomma sculptum; Órgão de Gené; Primeiro dia de oviposição; Lipídios; Cera do ovo.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades  Infecciosas e Parasitárias.
        
        
          
          Autor(a): Cinthia dos Santos Alves Rocha
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data  da defesa: 02/06/2020
          Resumo: Luffa operculata, popularmente conhecida como  buchinha-do-norte, é uma planta usada no combate à sinusite e também para  interromper a gravidez. A influência da administração de 1,0mg/kg do extrato  aquoso de buchinha-do-norte (EBN) em ratas prenhes (GD17 a GD21) foi analisada,  bem como em machos da geração F1, comparados a machos F0. Foi realizada uma  avaliação comportamental das fêmeas da geração F0 e dos machos da geração F1 em  aparelho de campo aberto e em caixa claro-escuro. Nos machos F1 foram  analisadas alterações dos índices de corticosterona, hormônio  adrenocorticotrófico (ACTH), melatonina e testosterona séricas, análise das  citocinas IL-1α, IL-1β, IL-6 e TNF-α, e análise macroscópica e microscópica dos  testículos. Os machos F1 (grupos controle e tratado CGF1 e EGF1) tiveram seus  parâmetros comparados aos parâmetros dos machos F0 (grupos controle e tratado  CGF0 e EGF0). As ratas da geração F0 tratadas com EBN apresentaram diminuição  em parâmetros comportamentais na caixa claro-escuro, com aumento de peso das  fêmeas e dos machos da geração F1 dos grupos tratados.
            Os machos F1 não apresentaram alterações  comportamentais significativas em relação aos machos F0. Os testículos de F1  não apresentaram alterações macroscópicas significativas, porém as alterações  microscópicas foram mais significativas para os machos F0 tratados do que para  os F1. Para os F1, as células de Leydig apresentaram-se em menor número nos  machos EGF1. O número de células de Leydig diminuídas não influenciou na  quantidade de testosterona produzida por machos F1, em relação aos machos F0.  As citocinas IL-1 α e IL-6 apresentaram-se aumentadas em CGF0, corticosterona,  diminuída em CGF0, ACTH diminuído em EGF1 e melatonina aumentada em EGF1. A  administração direta de EBN em ratas prenhes influenciou o comportamento e o  peso de fêmeas F0 e de machos F1. Nos machos F1, em relação aos F0, não foram  observadas diferenças comportamentais, hormonais, inflamatórias ou  morfo-histológicas significativas nos machos F1 que receberam EBN por via  transgeracional. A administração transgeracional de EBN mostrou-se menos  prejudicial sobre os parâmetros observados nos ratos da geração F1 do que sobre  os mesmos parâmetros observados nos ratos da geração F0, que receberam EBN por  gavagem. Conclui-se, portanto, que a administração direta de EBN causa  alterações comportamentais e fisiológicas, tanto em machos quanto nas fêmeas.
          Palavras-chave: buchinha-do-norte; testículos; citocinas inflamatórias; comportamento, hormônios.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa:Modelos  em neuropsicofarmacologia, toxicologia e patologia.
        
        
          
          Autor(a): Joelma Moura Alvarez
            Orientador(a): Selene Dall'Acqua Coutinhoi
            Data  da defesa: 19/06/2020
          Resumo: Malassezia  spp. são leveduras que compõem o microbioma cutâneo de animais e do homem,  podendo eventualmente causar infecções. Em cães, as infecções são  particularmente associadas a M. pachydermatis, que é zoofílica e não  lipodependente. Embora a malasseziose não seja considerada zoonose, se aventou  a possibilidade da transmissão da doença a neonatos por profissionais de  Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que possuíam cães. Há poucos estudos sobre  a ocorrência de intercâmbio de espécies de Malassezia entre animais e homens  que mantenham contato estreito. O objetivo deste trabalho foi isolar espécies  de Malassezia em cães com otite e/ou dermatite, verificando-se a relação com as  espécies encontradas no tutor. Foram estudados 18 cães com sinais condizentes  com a infecção, dos quais foram colhidas amostras de conduto auditivo e pelame.  De seu tutor, foram colhidas três amostras clínicas, da região superior do  tronco, retroauricular e couro cabeludo. Em paralelo, foram colhidas amostras  clínicas das mesmas regiões de 24 pessoas que não mantinham contato com animais  (não-tutores). As amostras foram isoladas em meio de Dixon modificado e a  identificação fenotípica realizada por macro e micromorfologia e provas  bioquímicas. Após extração do DNA, o gene 26S rDNA foi amplificado através de PCR. Isolou-se Malassezia spp. em 77,8% (14/18) dos cães com sinais clínicos  condizentes com malasseziose. Não se verificou predileção por sexo ou faixa  etária. Malassezia spp. foram verificadas em porcentagens similares em pessoas  que conviviam e que não conviviam com cães, respectivamente, 78,6% (11/14) e  83,3% (20/24). Malassezia pachydermatis foi a espécie mais prevalente em cães,  sendo verificada em 95,7% (22/23) dos isolados. Em relação às pessoas, M.  pachydermatis foi a espécie mais frequente no microbioma cutâneo dos tutores e representou  66,7%% (10/15) das cepas isoladas nas amostras clínicas, e Malassezia  lipodependente 33,3% (5/15). Malassezia pachydermatis foi isolada dos três  sítios amostrados, couro cabeludo, tronco superior e região retroauricular.  Quanto aos indivíduos que não conviviam com cães, M. pachydermatis não foi  isolada, verificando-se apenas Malassezia lipodependentes. Estatisticamente o  fator ”convivência com cães” influenciou na presença de M. pachydermatis,  espécie considerada zoofílica, no microbioma cutâneo dos tutores (p<0.05).  Os resultados obtidos nesta pesquisa comprovam que há alteração no microbioma  cutâneo das espécies de Malassezia em pessoas que convivem com cães com  malasseziose.
          Palavras-chave: Malassezia sp; Malasseziose; Otite; Dermatite; Tutores; Zoonose.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa:Patogenia  das enfermidades infecciosas e parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e Doenças Infecciosas  Veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Luciane Costa Dalboni 
            Orientador(a): Maria Anete Lallo
            Data  da defesa: 30/06/2020
          Resumo: Os microsporídios  são reconhecidos como patógenos oportunistas em indivíduos com imunodeficiências,  especialmente de células T. Estudos tem demonstrado participação importante de macrófagos  no início da infecção, embora a atividade de linfócitos T CD8+ seja primordial  para eliminação desses patógenos, macrófagos e outras células da imunidade  inata apresentam um papel critico na ativação da imunidade adquirida. Apos a  morte programada, fragmentos celulares ou corpos apoptoticos sao depurados por células  fagociticas, fenômeno denominado eferocitose e que tem sido reconhecido como  forma de evasão da imunidade por patógenos intracelulares. Diante do exposto, o  objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da eferocitose de células  apoptoticas infectadas ou nao em macrófagos desafiados com o microsporídio  Encephalitozoon cuniculi. Para tal, macrofagos, obtidos a partir de monócitos  de medula óssea de camundongos C57BL, foram pré-incubados com células Jurkat  apoptotica (ACs) e então desafiados com esporos de E. cuniculi. Os mesmos  procedimentos foram realizados para experimentos utilizando células Jurkat  previamente infectadas (IACs) com esporos de E. cuniculi antes da pré-incubação  de macrófagos. Foram contabilizados os macrófagos em fagocitose e o número médio  de esporos internalizados pelos mesmos pela técnica de Calcofluor. A expressão  de CD40, CD206, CD80, CD86 e MHCII foram mensuradas por citômetria de fluxo,  assim como as citocinas liberadas nos sobrenadantes das culturas. O estudo ultraestrutural  foi realizado para analise das formas de multiplicação do patógeno. Macrófagos  pré-incubados com ACs desafiados com E. cuniculi apresentaram maior porcentagem  de fagocitose e media de esporos internalizados e presença de estágios de multiplicação  do patógeno no interior dos macrófagos, particularmente apos a eferocitose de  corpos apoptoticos infectados. Adicionalmente, a pré-incubação com ACs ou IACs  e/ou o desafio com o patógeno diminuiu a viabilidade dos macrófagos, marcada  por altas porcentagens de apoptose. Embora com expressão aumentada de CD40 e liberação  de citocinas proinflamatórias, foi a expressão acentuada de CD206 e a liberação  de grandes quantidades de IL-10 e IL-6 que indicou a polarização dos macrófagos  para um perfil M2, compatível com eferocitose e a permissividade ao  desenvolvimento do patógeno. Nos concluímos que o patógeno se favoreceu com a  eferocitose e polarizou os macrófagos para um perfil M2, o que permitiu a sobrevivência  e multiplicação do E. cuniculi no interior de macrófagos, fato que pode  explicar a possibilidade de macrófagos atuarem como cavalos de Troia nas  microsporidioses.
          Palavras-chave: Células jurkart; macrófagos medulares; fagocitose; apoptose;  Encephalitozoon cuniculi; microsporídios.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa:Patogenia  das enfermidades infecciosas e parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e Doenças Infecciosas  Veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Tiberiade Mendes Lima 
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data  da defesa: 13/08/2020
          Resumo: Mendes-Lima, 2020. O estresse materno induz na prole de ratos jovens comportamentos tipo-depressivo-ansioso e resiliência ao estresse: implicações da limitação das condições do ninho. 86 f.. Orientação: Prof. Dra. Maria Martha Bernardi, Doutorado (Patologia Ambiental e Experimental) Universidade Paulista, São Paulo, 2020. 
            A diminuição ou ausência do cuidado materno é denominada negligência materna, que pode ser entendida como uma situação de constante omissão para com a criança ou adolescente que coloque em risco seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi analisar em um modelo animal de negligência materna, a limitação das condições do ninho de ratas (LCN) na lactação, no desenvolvimento, comportamento e níveis de corticosterona da prole masculina de ratas observadas na idade juvenil. Também foram investigados o desempenho reprodutivo das fêmeas e a sobrevida da prole, bem como o comportamento maternal e níveis de corticosterona. Na prole, observou-se o desenvolvimento físico, reflexológico e ponderal. Entre os dias 30-31 de vida, a prole masculina das ratas foi observada quanto à atividade geral em campo aberto, nos testes de transição em caixa-claro-escuro, natação forçada e comportamento social na infância. Após estas avaliações, os níveis de corticosterona sérica da prole foram também dosados. Os resultados mostraram que em relação ao grupo controle: 1) as fêmeas lactantes submetidas à LCN apresentaram melhores escores de qualidade do ninho, nenhuma modificação no comportamento maternal voltado aos filhotes, porém aumento no grooming e dos níveis séricos de corticosterona. Ainda foi verificada menor porcentagem de sobrevivência da prole exposta à LCN; 2) a prole submetida à LCN apresentou prejuízos no desenvolvimento físico e de reflexos, com adiantamento do dia de erupção dos dentes incisivos e do dia de endireitamento postura, atraso no desenvolvimento de pelos, no dia de descida dos testículos e do reflexo de preensão palmar; 3) aos 31 dias de idade, a prole exposta à LCN apresentou menor peso corporal, comportamento tipo-ansiedade e tipo-depressivo e redução dos níveis séricos de corticosterona. A LCN não modificou a atividade geral observada em campo aberto e o comportamento social desta prole. Os resultados sugerem que a LCN promova o estresse materno, causando prejuízos na programação perinatal do desenvolvimento da prole e, em período precoce da vida desta prole, aumento de comportamento tipo-ansiedade e de comportamento tipo-depressivo e resiliência ao estresse.
          Palavras-chave: ratos; comportamento maternal; desenvolvimento da prole; comportamento animal; idade juvenil.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa:Patologia Integrada e Translacional.
        
        
          
          Autor(a): Loren da Silva Medeiros
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data  da defesa: 16/12/2020
          Resumo:  Tem-se como objetivo neste trabalho estudar os efeitos do estresse pré-natal na orientação sexual de fêmeas de ratos e sua relação com a kisspeptina.  Para tanto, fêmeas prenhes foram expostas ao estresse por contenção ou não entre os dias pré-natais (GD) 17-20 da gestação. Observou-se nas progenitoras peso na gestação, desempenho reprodutivo, atividade geral em campo aberto e comportamento maternal de fêmeas. Na prole investigou-se: i) desenvolvimento ponderal, físico, de reflexos e motor; ii) atividade geral em campo aberto; iii)  comportamento em caixa claro/escuro; iv) ciclo estral v) comportamento sexual heterotípico, vi) comportamento sexual homotípico, vii) expressão gênica do Gpr54 e da proteína kisspeptina no hipotálamo. Os resultados indicaram que nas progenitoras expostas ao estresse não houve diferenças em todos os parâmetros analisados quando comparadas ao “grupo não estressado”. Na prole submetida ao estresse quando comparada àquela “não estressada”, verificou-se: i) redução no peso ao desmame; ii) retardo no dia da abertura vaginal; iii) redução na intensidade de lordose; iv) inibição do comportamento sexual homotípico; v) redução na expressão gênica da proteína Kiss1 e de seu gene Gpr54. Nos demais parâmetros, índice de Lee, distância anogenital, desenvolvimento físico, de reflexos e motor, ciclo estral, comportamento tipo-ansioso não foram observadas diferenças significantes entre os grupos. Concluiu-se que, o estresse pré-natal reduziu a intensidade do comportamento sexual heterotípico e inibiu o comportamento sexual homotípico induzido pela testosterona. Aventou-se que estes prejuízos possam ser, pelo menos parcialmente, devidos aos efeitos do estresse pré-natal no sistema kisspeptidérgico hipotalâmico.
          Palavras-chave: Comportamento maternal; Desenvolvimento físico e comportamental; Atividade geral; Orientação sexual.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental. 
        
        
          
          Autor(a): Túlio Roberto Ribeiro Mazuco
            Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
            Data  da defesa: 17/12/2020
          Resumo: A  síndrome do pânico apresenta alta incidência e não possui um modelo  experimental integrativo. O objetivo deste trabalho foi estudar um modelo experimental  de síndrome do pânico, fazendo o uso de ferramentas comportamentais e  bioquímicas que preencheram algumas lacunas deixadas na literatura, como a  influência do estresse, o estudo das vocalizações ultrassônicas, possíveis  mecanismos periféricos e centrais, além de entender como o tramadol atua para  exercer ação panicolítica. Ratos foram submetidos a modelo de indução de  comportamento tipo-pânico pelo labirinto em T elevado. O tramadol foi  administrado como tratamento (indução de comportamento tipo-panicolítico). Foi  verificada a interação do comportamento com um modelo de estresse psicológico  por contenção. As vocalizações ultrassônicas foram avaliadas na busca por  padrões de comunicação tipo-pânico e de estresse. O teste claro-escuro avaliou  comportamentos tipo-ansiedade e motor/exploratório. Por fim, foram estudados os  níveis séricos de interleucina (IL) - 1 beta e centrais de serotonina e  norepinefrina (hipotálamo e mesencéfalo). O tramadol induziu efeito  tipo-panicolítico nos ratos. Porém, os parâmetros genéricos de ansiedade não  foram afetados pelo tramadol, revelando que sua ação foi específica para o  ataque de pânico. Esse efeito panicolítico foi associado à elevação nos níveis  de norepinefrina hipotalâmica induzida pelo tramadol. Já o estresse não afetou  parâmetros relacionados ao pânico e a ansiedade, mas induziu vocalizações  relacionadas ao estresse. Embora o tramadol tenha conseguido evitar  vocalizações de estresse e a elevação nos níveis de IL-1 beta, quando o rato  esteve sob ação de estressor, o tramadol não induziu comportamento  tipo-panicolítico. O efeito indesejável do estresse bloquear o efeito  panicolítico parece ter ocorrido devido ao impedimento na elevação dos níveis  de norepinefrina hipotalâmica. Concluindo, o tramadol induziu efeito  tipo-panicolítico em ratos, com ação nos níveis hipotalâmicos de norepinefrina  e periféricos de IL-1 beta. Porém, os efeitos benéficos do tramadol foram  parcialmente suprimidos pelo estresse.
          Palavras-chave: Síndrome do pânico; Ansiedade; Modelo experimental; Labirinto em T  elevado; Vocalizações ultrassônicas; Serotonina.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental. 
        
        
          
          Autor(a): Michelle Sanchez Freitas Correia
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data  da defesa: 21/12/2020
          Resumo: O câncer de mama é o segundo tipo de neoplasia mais incidente em mulheres, tanto no Brasil como no mundo ocidental A evasão de células tumorais a apoptose é uma característica essencial para o desenvolvimento do câncer. O processo de morte celular pela via apoptótica é de grande importância para o controle do crescimento de células tumorais, pois o processo inflamatório é menor, sendo mais vantajoso em um tratamento antitumoral, já que a perda de tecido adjacente também é reduzida. Em estudo anterior, o extrato bruto de Guatteria riparia (N1091) induziu, significativamente, células MCF-7 a apoptose. Por isso, o extrato bruto foi fracionado por partição líquido-liquido, resultando em três frações: clorofórmica, butanólica e aquosa. A partir das três novas frações, a avaliação de morte celular foi realizada nos tempos de 6 h, 12 h e 24 h, nas concentrações de 50 μg/mL, 100 μg/mL e 200 μg/mL, utilizando os marcadores Anexina V e 7-AAD, e para o ciclo celular, o marcador 7-AAD, ambos os ensaios realizados por citometria de fluxo. As três frações apresentaram maior percentual apoptótico no tempo de 6 h de tratamento, nas concentrações testadas, e a fase do ciclo mitótico em que as células permaneceram foi em SeG2. No ensaio imunoenzimático para apoptose inicial, as proteínas JNK, AKT, P53, caspase 8 e BCL-2 apresentaram quantificação maior ou igual ao controle negativo. Os grupos químicos encontrados nas frações, principalmente alcaloides da fração butanólica, possivelmente, causaram desarranjo na membrana das células tumorais,
            permitindo que proteínas pró-apoptóticas, como JNK e caspase 8, iniciassem a cascata apoptótica pela via extrinseca. O estudo nos permitiu encontrar, pela primeira vez, um grupo químico da planta Guateria riparia que apresenta atividade indutora de apoptose, a ser potencialmente utilizado na terapêutica contra o câncer de mama. 
          Palavras-chave: extratos vegetais; apoptose; câncer de mama; MCF-7; produtos naturais; citometria de fluxo.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Ecotoxicologia e inovações terapêuticas.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Triagem de plantas brasileiras com atividade antitumoral.
        
        
          
          Autor(a): Ednar do Nascimento Coimbra Melo
            Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
            Data  da defesa: 22/12/2020
          Resumo: Introdução:  Os oceanos são receptores finais de contaminantes, os quais geram danos ao  ecossistema marinho. Os metais pesados, quando lançados no meio ambiente, podem  intoxicar todos os níveis da cadeia alimentar. Em homeopatia, isoterápicos são  utilizados para tratamento de intoxicações, mas pouco se sabe sobre seu uso  como remediadores ambientais. Paralelamente, a Artemia salina é um  microcrustáceo muito utilizado como modelo em ensaios ecotoxicológicos.  Objetivo: Verificar os efeitos de isoterápicos em Artemia salina exposta a  diferentes concentrações de arseniato de sódio (AS), segundo variações  ambientais, como as fases lunares. Metodologia: O AS foi utilizado nas  concentrações de 6.0 mg/mL, 3.0 mg/mL e 1.5 mg/mL. Os tratamentos com  isoterápico (Arsenicum) nas potências 6, 30 e 200 cH foram feitos no momento da  inserção dos cistos na água do mar, em placas de 96 poços. Os controles foram:  cistos não desafiados, tratados com água, água sucussionada e com veículo. Os  registros das atividades dos náuplios foram realizados após 24 e 48 horas, por  fotografia e filmagem digitais. Análises do sedimento mineral obtido de um pool  de amostras de água foram realizadas em EDS acoplados à MEV. A concentração de  arsênio solúvel foi medida por ICP/OES utilizando o mesmo pool. Os tratamentos  com isoterápicos e veículo foram realizados em cego. Alterações no momento  dipolo da água foram verificadas utilizando corantes solvatocrômicos. Os  períodos lunares observados corresponderam à Lua crescente (11 a 17 de  fevereiro de 2019) e à “Superlua” (18 a 24 de fevereiro de 2019). Resultados e discussão: A taxa eclosão dos  cistos aumentou após a exposição ao AS de forma concentração-dependente durante  a Lua crescente e os tratamentos com isoterápicos reverteram esse efeito. Não  houve efeito concentração-dependente do AS durante a “Superlua”. Na Lua  crescente, todas as potências do isoterápico reduziram a taxa de eclosão  (p<0.002) e houve maior precipitação de arsênio com menor concentração de  arsênio solúvel nas amostras desafiadas com 6.0 mg/mL e tratadas com Arsenicum  30 cH. Alterações da mobilidade dos náuplios não foram observadas. A  viabilidade dos náuplios após a eclosão foi reduzida após a exposição ao AS de  forma concentração-dependente (p<0.0001), independente da fase da Lua e sem  efeito dos isoterápicos. O corante ET 33 mostrou ser o melhor indicador de  atividade para todas as potências de Arsenicum e para amostras de água tratadas  com Arsenicum 6 cH. O corante vermelho do Nilo mostrou interação com Arsenicum  6 cH e com a água tratada com a mesma potência. Conclusão: A toxicidade do AS em Artemia salina foi concentração-dependente, mas esse efeito foi anulado na “Superlua”.  Na Lua crescente, os isoterápicos em diferentes potências revertem a toxicidade  do AS sobre a eclosão dos cistos, mas não modificam a viabilidade. Somente a  potência 30 cH parece modificar a solubilidade do arsênio na água. A  interatividade dos corantes solvatocrômicos ET 33 e vermelho do Nilo com  Arsenicum sugerem mecanismos associados a variações específicas do momento  dipolo da água, em função da potência utilizada.
          Palavras-chave: Arsênio; homeopatia; bioresiliência; bioremediação; fases da Lua.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa:Ecotoxicologia e inovações terapêuticas.