Autor(a): Natalia Almeida dos Santos
            Orientador(a): Eduardo Fernandes Bondan
            Data da defesa: 31/01/2020
          Resumo: A  ocitocina (OXT) é um hormônio neuropeptideo hipofisário com funções  importantes, como a modulação dos reflexos neuroendócrinos de vínculos com a  prole. Estudos mostraram que a obesidade leva a um processo inflamatório  crônico, detectado por aumento das citocinas periféricas e centrais, levando a  uma neuroinflamação e promovendo astrogliose. Tratamentos com OXT apresentaram  resultados satisfatórios para redução do ganho de peso e também como moduladora  da resposta astrocitária. No presente estudo, foi induzido o sobrepeso em ratos  machos a partir da redução da ninhada para estudar os efeitos do sobrepeso  ainda no período da infância junto ao tratamento intranasal de solução com OXT em parâmetros bioquímicos e comportamentais e sobre a expressão astrocitária da  proteína glial fibrilar ácida (GFAP) no córtex frontal e hipotálamo. Os animais  foram divididos em 2 grupos normonutrição (grupos N), nos quais não houve  redução da ninhada e padronizados com 4 filhotes machos e 4 fêmeas, grupo NS,  tratados com solução salina, e NOXT, tratados com ocitocina (OXT). Para indução  de sobrepeso foram padronizados 2 grupos de ninhadas reduzidas com 3 machos e  uma fêmea (grupos H), sendo um grupo tratado com OXT (HOXT) e um grupo tratado  com solução salina (HS). Os animais foram pesados desde o dia pós-natal (DPN) 2  ao 31. No DPN 21 as fêmeas foram separadas para outro estudo e apenas os machos  permaneceram nos experimentos. No DPN 31, os animais foram avaliados no teste  de nado forçado, bem como para perfil bioquímico e expressão da GFAP. Os  resultados obtidos mostraram maior ganho de peso entre os grupos hipernutrição  (HS e HOXT), ausência de alteração bioquímica entre os grupos, comportamento  tipo-depressivo nos animais de ninhadas reduzidas e redução da expressão da GFAP nos grupos HS e HOXT. A redução da ninhada ocasionou maior ganho de peso  das proles estudadas e comportamento tipo-depressivo ainda no período da  infância, o que justifica a redução na expressão astrocitária da GFAP. O  tratamento intranasal de OXT, no entanto, não influenciou nos resultados  obtidos. 
          Palavras-chave: GFAP, ocitocina, redução da ninhada. 
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em Neuropsicofarmacologia, Toxicologia e Patologia.
 Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
        
        
          
          Autor(a): Andreia Adelaide Gordinho Pinto
            Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
            Data da defesa: 04/02/2020
          Resumo: Introdução:  Artemia salina (camarão de salmoura) é um microcrustáceo aquático utilizado  para testes de ecotoxicidade. Isoterápicos (ou preparações homeopáticas feitas  a partir do mesmo agente causador da doença) são comumente usados na clínica  como recurso para atenuação de sintomas de intoxicações, contudo, pouco se sabe  sobre seus efeitos em animais aquáticos. Dado que a poluição marinha é um dos  problemas mais importantes deste século, a busca de soluções para reduzir seu  impacto sobre sistemas vivos é tema de alto interesse. Nesse trabalho, a  Artemia salina e o cloreto de mercúrio foram utilizados como modelo  experimental para o estudo dos possíveis efeitos protetores do isoterápico de  cloreto de mercúrio na intoxicação de animais aquáticos pelo mesmo sal.  Objetivo: a) avaliar possíveis efeitos atenuadores da toxicidade ao cloreto de  mercúrio pelos isoterápicos; b) avaliar a presença de mercúrio solúvel e  insolúvel na água; c) avaliar possíveis interferências das fases da lua nos  efeitos do tratamento sobre a eclosão de cistos, dado que a Artemia salina é um  animal marinho e sujeito a tais oscilações. Métodos: Os isoterápicos (Mercurius  corrosivus) foram preparados em água pura estéril, a partir de matrizes de  cloreto de mercúrio homeopáticas, preparadas previamente em farmácia  homeopática credenciada na ANVISA. Os tratamentos foram feitos em cego. Placas  de cultura de 96 poços foram utilizadas para promover a eclosão de cistos de  Artemia salina em água do mar artificial de maneira controlada. Cistos expostos  a cloreto de mercúrio 39 µg/mL (concentração letal 10%) foram tratados durante  48 horas com as seguintes diluições (potências) de Mercurius corrosivus: 6 cH,  30 cH, 200 cH, para observação da taxa de eclosão. Os controles foram: cistos  não desafiados, cistos desafiados e tratados com água pura, água pura  sucussionada ou Ethilicum 1cH (veículo). Quatro séries de nove experimentos  foram realizadas, sendo cada série executada em uma fase distinta da lua para  averiguação de possíveis resultados falso-positivos. Fotomicrografias e vídeos  de 13 segundos foram capturados de cada poço, após 24 e 48 horas, sendo os  vídeos analisados pelo software Image J, plug-in Trackmate para quantificação  da mobilidade dos náuplios nascidos. O número de náuplios e de cistos não  eclodidos foi computado para o cálculo da taxa de eclosão. Análises  físico-químicas (CV/AAS) e microscópicas (MEV / EDS) da água também foram  feitas, para quantificação de mercúrio solúvel e precipitado, respectivamente.  Os dados foram analisados por ANOVA de múltiplas vias seguida de Tukey, sendo  p≤0,05. Resultados e conclusões: A fase da lua tem influência na velocidade da  eclosão dos cistos, sendo esta mais precoce nas luas minguante e cheia. Embora  os efeitos dos tratamentos tenham sido mais evidentes na lua cheia, não houve  interação estatística entre fases da lua e tratamentos. Atraso significante  (p<0,05) na eclosão dos cistos foi observado após tratamento com Mercurius  corrosivus 30 cH, em relação aos controles igualmente intoxicados,  independentemente da fase da lua, sugerindo melhor adaptação dos cistos ao  ambiente hostil. Náuplios nascidos na lua cheia tratados com Mercurius  corrosivus 200 cH ou Ethilicum 1cH apresentaram maior mobilidade. Todas as  amostras de água colhidas na lua cheia e tratadas com preparações submetidas à  agitação (sucussão), incluindo a água sucussionada e o Ethilicum 1cH, mostraram  redução na concentração de mercúrio solúvel sem que houvesse precipitação de  mercúrio insolúvel na água ou amostras biológicas, sugerindo ação facilitadora  de nano e microbolhas na evaporação de mercúrio volátil. Os efeitos específicos  do Mercurius corrosivus ainda necessitam de estudos futuros para esclarecimento  de seus mecanismos, mas a deposição de oxigênio e carbono na superfície dos  elementos orgânicos e o aumento de cloro nas partículas minerais em suspensão  na água sugerem o envolvimento de processos relacionados à troca iônica.
          Palavras-chave: homeopatia, intoxicação, Artemia salina, Mercurius corrosivus, isoterápico,  ecotoxicologia.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Biologia da diferenciação e transformação células: modulação por fatores endógenos e exógenos. 
        
        
          
          Autor(a): Ana Claudia Silva Sampaio
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data da defesa: 06/02/2020
          Resumo: O crescente aumento do sobrepeso e obesidade é um evento epidêmico global, acometendo principalmente crianças, e tem-se como um dos maiores desafios de saúde pública do século 21. Durante o desenvolvimento, a plasticidade do seu organismo é alta e intervenções neste período podem ter efeitos permanentes. Nesse sentido, a dieta na infância é um fator que pode modificar diferentes aspectos do desenvolvimento. Logo, a observação de sinais precoces advindos dessas alterações pode contribuir para o conhecimento de prejuízos em períodos mais tardios da vida. Desta forma, o objetivo deste trabalho pauta-se em estudar os efeitos da hipernutrição neonatal em um modelo de redução da ninhada, no desenvolvimento, comportamento e em parâmetros bioquímicos e morfológicos da prole masculina de ratas na idade pré-púbere. Para isso, as ninhadas do grupo experimental, denominado grupo hipernutrição (GH) foram reduzidas a 4 animais (3 machos e 1 fêmea) para induzir a hipernutrição e as ninhadas do grupo controle (GC) foram padronizadas com 8 animais (4 machos e 4 fêmeas)
          Palavras-chave: Redução da ninhada; Desenvolvimento pós-natal; Adiposidade; Teste de  natação forçada; Citocinas.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em neuropsicofarmacologia, toxicologia e  patologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
        
        
          
          Autor(a): Marcella Cristina Galvão
            Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
            Data da defesa: 07/02/2020
          Resumo: A  atividade física regular talvez seja a única unanimidade como medida de  promoção de qualidade de vida. Pensando nisso, foi objetivo deste trabalho  estudar um modelo experimental de atividade física que não exigisse preparo  físico nem infraestrutura especializada. A técnica de alongamento por  stretching em ratos é baseada em conceitos de yoga e tem revelado resultados  promissores em estudos após lesões e inflamações locais. Porém, não existem  estudos focando o bem-estar e o comportamento, que são os principais objetivos  da atividade física e do yoga. Assim, o presente estudo avaliou os possíveis  efeitos benéficos do stretching em diferentes contextos, incluindo em ratos  saudáveis, sob comportamento doentio e após desafio estressor. Foi objetivo  ainda entender os mecanismos centrais e periféricos envolvidos. Ratos foram  submetidos ao stretching por três dias consecutivos, duas vezes ao dia;  expostos ao lipopolissacarídeo (LPS) para indução do comportamento doentio; e  estressados psicologicamente por contenção. Eles foram avaliados quanto: a  comunicações por vocalização ultrassônica; comportamentos motores,  exploratórios e de ansiedade em campo aberto; e aos níveis séricos de IL-1 beta  e de corticosterona. O LPS induziu comportamento doentio (diminuição de comportamentos  motores e exploratórios, e elevação dos níveis de IL-1 beta). O estresse  induziu respostas estressoras, incluindo comportamento estereotipado e de  luta/fuga, efeito ansiogênico, comunicações de estresse (vocalizações), e  elevação dos níveis de corticosterona. Porém, o stretching não foi capaz de  induzir bem-estar animal, bem como não amenizou o comportamento doentio e o  estresse. Pelo contrário, o stretching induziu resposta estressora, verificado  pela emissão de vocalizações (22 kHz) e maiores níveis de corticosterona. Desse  modo, os presentes resultados refutam o stretching como modelo experimental  para atividade física e yoga. Além disso, contribuem no entendimento dos  efeitos benéficos no caso de lesões e inflamações locais, uma vez que foi demonstrada  a ativação do eixo HPA em detrimento do estresse gerado, e consequente efeito  anti-inflamatório.
          Palavras-chave: LPS; Vocalização ultrassônica; Campo aberto; Contenção; IL-1 beta;  Corticosterona.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em neuropsicofarmacologia, toxicologia e  patologia.
          Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
        
        
          
          Autor(a): Kátia Cristina Pinto
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data da defesa: 12/05/2020
          Resumo: O  patógeno Staphyloccocus aureus dispõem da capacidade de disseminar infecções tanto  na medicina humana e veterinária, particularmente as nosocomiais, cujas  estirpes virulentas e resistentes a antimicrobianos são responsáveis por  índices elevados de mortalidade em unidades de terapia intensivas. Extratos de espécies vegetais são uma  abundante fonte de novos medicamentos a serem introduzidos na terapêutica  antimicrobiana. Os extratos aquosos e orgânico oriundos de plantas da flora  Amazônica e Mata Atlântica foram submetidos a testes de suscetibilidade  antimicrobiana pelo método de disco difusão em ágar. Os extratos vegetais que  apresentaram halo de inibição, foram selecionados como ativos frente ao  Staphylococcus aureus, sujeitados posteriormente á análise de concentração  bactericida mínima, seguido de análise em bioautografia e ensaios de toxicidade  em Artemia salina. Os resultados obtidos na triagem através da suscetibilidade  antimicrobiana pelo disco difusão em ágar dos 2236 extratos vegetais, foram de  73 extratos devidamente confirmados em triplicata, sequentemente concentração  bactericida mínima e bioautografia unidimensional e bidimensional. A partir da  análise em bioautografia, somente 51 extratos mantiveram a atividade, e destes,  26 apresentaram toxicidade contra artêmia acima de 1 mg/mL e foram considerados  de baixa toxicidade. Estes extratos mostraram-se fontes potenciais de  identificação de moléculas antibacterianas. Por meio dos resultados é possível  visualizar o quanto os extratos vegetais estudados podem ser fonte para o  desenvolvimento de novos fármacos no tratamento contra o Staphylococcus aureus  e estires resistentes.
          Palavras-chave: Staphylococcus aureus; extratos vegetais; bioautografia unidimensional e  bidimensional.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em neuropsicofarmacologia, toxicologia e  patologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:Triagem de plantas brasileiras com atividade  antitumoral.
        
        
          
          Autor(a): Keli Cristina Dias Bento
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data da defesa: 05/06/2020
          Resumo: Streptococcus  mutans é o principal agente etológico envolvido no processo de formação de  biofilme, podendo causar também infecções piogênicas no coração, articulações,  pele, músculo e sistema nervoso central. Diante do aumento da resistência  microbiana e da necessidade da descoberta de novas moléculas ativas, o foco  principal deste trabalho foi utilizar modelos biológicos para identificar a  ação antibacteriana de extratos vegetais frente a S. mutans, avaliar a toxicidade  e identificar a fração ativa. Para a seleção, foram usados 2.240 extratos  vegetais aquosos e orgânicos testados no ensaio de disco difusão em ágar (DDA).  Com os extratos ativos, foram obtidos os diâmetros dos halos de inibição de  crescimento e as concentrações bactericidas mínimas (CBMs). Esses extratos  foram submetidos a ensaios de bioautografia, para a identificação das frações  ativas e a toxicidade foi observada através do teste da artêmia. Foram  identificados sete extratos ativos, dos quais os extratos N271 e N1493  apresentaram os maiores halos de inibição de crescimento sendo 13,23 mm e 12,53  mm, e o N1493 a menor concentração bactericida mínima de 1,56x10-1 mg/mL  seguido do N271 com 2,50 mg/mL. Alguns extratos não foram tóxicos na maior concentração  utilizada, o N272 não apresentou toxicidade nas primeiras 24 h, no entanto,  mostrou-se tóxico em 48 h. Os extratos N1229 e N1343 apresentaram zonas de  inibição de crescimento bacteriano bem definidas sobre as frações ativas. Após  análise dos resultados obtidos nas diferentes técnicas, os extratos foram  selecionados para análise futura por ordem de prioridade.
          Palavras-chave: Toxicidade; bioautografia; plantas brasileiras; resistência bacteriana.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em neuropsicofarmacologia, toxicologia e  patologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
        
        
          
          Autor(a): Suham Nowrooz Mohammad
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data da defesa: 23/06/2020
          Resumo: Introdução: O presente modelo experimental foi  estabelecido baseado nas seguintes premissas: 1- A poluição química é uma das  principais causas de intoxicações no mundo, 2- A facilidade de manuseio da  Artemia salina aliada ao fato de ser um bom biomarcador toxicológico, 3- a  isoterapia pode ser um recurso alternativo no tratamento de intoxicações.  Objetivo: Verificar a proteção da Artemia salina ao cloreto de chumbo pela  introdução de isoterápico na água. Metodologia: Os cistos de Artemia salina
            foram expostos a água salina contendo 0,04% (CL 10  ou concentração letal 10%, previamente determinada a partir do cálculo de  viabilidade de amostras intoxicadas com diversas concentrações de PbCl2) de  cloreto de chumbo em placas de cultura de 96 poços. No total, foram utilizadas  36 placas, as repetições experimentais foram realizadas ao longo de um mês,  para observar a eficiência dos tratamentos (PbCl2 6cH, 30cH e 200cH). As variações de resultados entre as diferentes fases  da lua foram também observadas, para controle de eventuais vieses derivados de  tais variações ambientais. O registro da eclosão dos cistos foi feito por meio  de um microscópio digital (aumento 1000x) para identificar a porcentagem de  eclosão, a viabilidade dos náuplios nascidos e sua atividade geral. Análises 
            físico-químicas da água foram realizadas por MEV-EDS de micro-sedimentos sólidos em suspensão e pela avaliação do  comportamento dipolo da água utilizando corantes solvatocrômicos como sondas.  Resultados e discussão: A intoxicação aumentou a taxa de eclosão dos cistos,  mas houve redução significativa (p = 0,00003) entre os cistos tratados com água  ou preparações sucussionadas, comparando-se com aqueles tratados apenas com água  não submetida à agitação (controle). Esse efeito foi especialmente evidente na  lua cheia. Náuplios intoxicados apresentaram aumento na atividade geral  (p<0,001). Não se verificou a presença de chumbo total nos sedimentos,  sugerindo ausência de efeito quelante.
            Nenhuma diferença  significativa entre os grupos foi observada na reação aos corantes solvatocrômicos.  Conclusão: A intoxicação dos cistos induz aumento na taxa de eclosão dos cistos  e na atividade geral dos náuplios. A redução na taxa de eclosão após os  tratamentos foi considerada como efeito protetor atribuído à agitação da água  per se. Tal efeito foi mais evidente na lua cheia, quando há naturalmente o  pico de eclosões. Sugere-se que nanobolhas possam ser um fator importante no  clearance, embora não haja evidências de efeito quelante. As diluições  isoterápicas estudadas não mostraram efeitos específicos, o que é corroborado  pela ausência de efeitos sobre os corantes solvatocrômicos, considerados como  marcadores de atividade biológica desses produtos.
          Palavras-chave: eco-toxicologia, chumbo, microcrustáceo, homeopatia.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos em neuropsicofarmacologia, toxicologia e  patologia. 
        
        
          
          Autor(a): Juliana Gonçalves da Silva
            Orientador(a): José Guilherme Xavier
            Data da defesa: 24/06/2020
          Resumo: O baço é um órgão híbrido, vascular e linfóide, de  tamanho variável, associado a múltiplas funções, como armazenamento e filtração  sanguínea e reciclagem de ferro. No entanto, a esplenectomia é um procedimento  usual, principalmente nos casos de esplenomegalia, associada a frequente  redução da sobrevida. Este estudo propõe a caracterização histopatológica das  lesões nodulares esplênicas em cães esplenectomizados, com base em cortes  corados por hematoxilina-eosina, considerando sua natureza e relevância em  termos sistêmicos. Foram avaliados 178 nódulos esplênicos, 115 não neoplásicos  e 63 neoplásicos. Predominaram cães entre 8 e 13 anos de idade, com destaque para  cães das raças labrador e golden retriever. As lesões não neoplásicas  compuseram 64,7% das amostras, com ênfase nos casos de hiperplasias nodulares,  correspondendo a 34,82% das ocorrências. As neoplasias representaram 35,3% das  condições, dentre as quais estão processos raros ou ainda não relatados em baço  de cães, como um mielolipoma, um linfangioma e um angioma de células litorais.  Em consonância com a literatura, o processo neoplásico mais diagnosticado foi o  hemangiossarcoma, correspondendo a 21.34% das amostras. A escassez de métodos  diagnósticos alternativos à histopatologia e o elevado risco de ruptura  lesional e consequente hemoperitônio fundamentam a realização de esplenectomias em elevada  proporção dos casos. No entanto, nossos achados indicam o predomínio de lesões  benignas e fortalecem o esforço pelo desenvolvimento de métodos menos  agressivos que a esplenectomia para o diagnóstico diferencial das lesões  nodulares esplênicas.
          Palavras-chave: Cão; Diagnóstico; Esplenectomia; Histopatologia.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Biologia  da diferenciação e transformação celular: modulação por fatores endógenos e  exógenos.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares:  modulação por fatores endógenos e exógenos.
        
        
          
          Autor(a): Sergio Alexandre Frana
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data da defesa: 30/06/2020
          Resumo: A doença de Alzheimer é progressiva, multifatorial,  neurodegenerativa e incurável, caracterizada por alterações comportamentais e  nas funções cognitivas de memória e aprendizado, que afeta, em geral, pessoas a  partir de 60 anos. O tratamento dessa patologia envolve o uso de inibidores da  enzima acetilcolinesterase (AChE). A investigação de novos compostos ativos de  extratos vegetais é uma alternativa para a introdução de novos fármacos. O  objetivo do presente trabalho foi selecionar extratos de plantas brasileiras  capazes de inibir a AChE. Para tanto, foi realizada uma triagem a partir de 2.302  extratos vegetais, a fim de se identificar aqueles que continham taninos, por  meio da
            reação com gelatina 1% e acetato de chumbo 10%. Os  taninos são interferentes negativos em reações enzimáticas. Desta triagem  prévia, 107 extratos vegetais isentos de taninos foram selecionados e  submetidos ao ensaio feito a partir do método colorimétrico de Ellman. A partir  dessa seleção, apenas sete extratos vegetais apresentaram significativa  atividade inibidora da AChE, e foram novamente testados,  agora em quatro concentrações diferentes, pelo método quantitativo de Ellman em  microplacas, e pelo método qualitativo de Rhee, em cromatografia em camada  delgada (CCD) cujo revelador é o reagente de Ellman. Os extratos N631, N713, N1046, N1189,  N1447, N2155 e N2266 foram selecionados para serem submetidos a futuros  ensaios, através dos quais os componentes ativos serão identificados.
          Palavras-chave: Amazônia, anticolinesterásicos, cromatografia, demências,  espectrofotometria, triagem em grande escala.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos  em neuropsicofarmacologia, toxicologia e patologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:Triagem de plantas brasileiras com atividade  antitumoral.
        
        
          
          Autor(a): Nathalia de Andrade Glavão
            Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
            Data da defesa: 11/08/2020
          Resumo: A ivermectina é um dos medicamentos  antiparasitários mais utilizados na medicina veterinária e humana, sendo o  tratamento considerado seguro. Porém, estudos de nosso grupo têm demonstrado  que mesmo doses terapêuticas de ivermectina induzem diversos prejuízos,  especialmente na esfera reprodutiva. Os jovens são mais susceptíveis à  medicamentos durante fases do desenvolvimento. Ainda assim, jovens humanos e  pets têm sido medicados com ivermectina. Considerando que os estudos com ivermectina  realizados até hoje focam basicamente em danos nos adultos, é preciso aprofundar  o entendimento dos processos patológicos envolvidos nos jovens. A variável estresse  também deve ser levada em consideração, já que ela pode influenciar nos efeitos  produzidos pela ivermectina. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar o  testículo de
            ratos jovens expostos a doses terapêuticas de  ivermectina e/ou estressados. Ratos Wistar machos no período pré-púbere foram  tratados com 0,2 ou 1,0 mg/kg de ivermectina. Após 48h, esses ratos foram  submetidos ou não a sessão de estresse (2h, contenção). Os testículos foram  estudados quanto a parâmetros macroscópicos, microscópicos,
            estereológicos e histológicos, e os níveis  plasmáticos de testosterona foram avaliados. As duas doses terapêuticas de  ivermectina induziram poucos efeitos nos testículos e nos níveis de  testosterona de ratos pré-púberes. Porém, o estresse por contenção prejudicou parâmetros  morfométricos macroscópicos, microscópicos, estereológicos e histológicos do testículo:  o estresse aumentou o peso testicular relativo, o diâmetro tubular, o diâmetro
            luminal, o índice de celularidade tubular, a  densidade do volume intersticial, diminuiu a densidade do volume parenquimal e  prejudicou a região intersticial (demonstrado pela intensa acidofilia e a  presença de vários vacúolos). O tratamento prévio dos ratos jovens com doses  terapêuticas de ivermectina impediu os danos morfométricos, estereológicos e histológicos  testiculares induzidos pelo estresse. Concluindo, além de ser notável agente antiparasitário, a  ivermectina impediu os danos testiculares em ratos jovens induzidos pelo estresse.
          Palavras-chave: Avermectinas; Período pré-púbere; Doses terapêuticas; Estresse por  contenção; Morfometria; Testosterona.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos  em neuropsicofarmacologia, toxicologia e patologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
        
        
          
          Autor(a): Larissa Béja
            Orientador(a): Elizabeth Cristina Perez Hurtado
            Data da defesa: 13/08/2020
          Resumo: O câncer de mama é o tumor maligno mais  frequentemente diagnosticado na população feminina e representa um problema  crítico de saúde pública por ser a principal causa de morte por câncer entre as  mulheres em todo o mundo. Para o tratamento do câncer além da terapêutica  alopática convencional, a homeopatia pode ser combinada ao tratamento, para  minimizar suas reações adversas e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.  Estudos recentes do grupo mostraram tanto em ensaios in vivo como in vitro que  preparações homeopáticas de Phytolacca decandra em baixas diluições possuem potenciais  efeitos antitumorais contra células de adenocarcinoma mamário murino 4T1, entretanto,  os mecanismos de ação envolvidos não foram completamente esclarecidos. Assim, o  objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro os efeitos das preparações homeopáticas  de Phytolacca decandra sobre as células de adenocarcinoma mamário humano  linhagem MCF-7. Para isto, células de adenocarcinoma mamário foram cultivadas  na presença ou ausência de Phytolacca decandra tintura-mãe ou nas diluições centesimais  Hahnemannianas (CH) de Phytolacca decandra: 30CH e 200CH.
            Determinação das porcentagens de apoptose/necrose,  produção de citocinas, ensaio de migração celular por wound healing e possíveis  alterações morfológicas foram avaliadas após 24, 48 e 72 horas de cultura em  cada um dos tratamentos. Resultados obtidos nas análises de morte celular  evidenciaram que o tratamento com diluições homeopáticas apresenta  comportamento semelhante ao apresentado pelas células tratadas com Doxorrubicina:  aumento da viabilidade nas primeiras 24 horas e queda acentuada da viabilidade  em 48 e 72 horas. Em contraste, diferentemente das células tratadas com Doxorrubicina  ou Phytolacca decandra tintura-mãe, a produção das citocinas pró e antiinflamatórias 
            não apresentou diferenças marcantes após tratamento  das células com 
            diluições homeopáticas de Phytolacca decandra  quando comparadas às células não tratadas nos três tempos avaliados. De forma  semelhante, analises da morfologia celular não apresentaram diferenças  expressivas antes e após tratamento com as diluições homeopáticas, já a  tintura-mãe apresentou alterações celulares marcantes com observação de  possíveis corpos apoptóticos nos três tempos avaliados. Em conjunto estas  análises mostram que diluições  homeopáticas de Phytolacca decandra levam a aumento da citotoxicidade das  células de adenocarcinoma mamário humano sem presença marcante de processo  inflamatório. Os resultados obtidos das análises de morte celular por citometria,  liberação de citocinas e migração celular são apresentados, no presente trabalho  em formato de artigo o qual será submetido após da defesa ao periódico: Internacional  Journal of Oncology.
          Palavras-chave: Câncer de mama; Phytolacca decandra; Doxorrubicina; ultra diluições,  homeopatia; MCF-7.
            Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Biologia  da diferenciação e transformação celular: modulação por fatores endógenos e  exógenos.