Autor(a): Ana Lúcia Aldrovandi
            Orientador(a): Selene Dall'Acqua Coutinho
            Data  da defesa: 01/02/2013
          Resumo: O presente estudo teve como objetivo identificar espécies do  gênero Malassezia isoladas do conduto  auditivo externo de equinos, através de provas fenotípicas e genotípicas. Foram  utilizados 55 animais sadios, 39 (70,9%) machos e 16 (29,1%) fêmeas, de  diferentes raças e idade adulta, os quais foram contidos fisicamente. Após  limpeza do pavilhão auricular, foi colhido cerúmen de cada conduto, pela  introdução de um swab estéril. As amostras clínicas (107, pois 03 delas foram  descartadas, devido contaminação) foram enviadas ao Laboratório de Biologia  Molecular e Celular da Universidade Paulista (UNIP), onde foram semeadas em  placas contendo meio de Dixon modificado, as quais permaneceram incubadas a  32°C por até duas semanas, a fim de se detectar o crescimento de colônias. As  colônias isoladas foram estudadas macro e micromorfologicamente, para se  confirmar a morfologia característica do gênero. A identificação fenotípica em  espécies foi baseada em aspectos fisiológicos da levedura, verificando seu  comportamento frente a diferentes fontes de lipídios, sendo empregados Tween 20, 40, 60 e 80, e cremophor-EL, testando-se ainda,  produção da enzima catalase e degradação de esculina. Malassezia sp foi isolada em 33/55 (60,0%) dos animais e em 52/107  (48,6%) dos condutos. Nos testes fenotípicos, nenhuma das cepas cresceu em ágar  Sabouraud dextrose, sendo, portanto, lipodependentes. Todas as cepas produziram  a enzima catalase e degradaram esculina. Verificou-se assimilação de Tween 20,  40, 60 e 80, ausência de assimilação de cremophor-EL em 37/52 (71,2%) das cepas isoladas; as outras 15 cepas apresentaram diferentes  padrões de leitura, entretanto, nenhum dos resultados obtidos possibilitou  caracterização fenotípica em espécie. Após extração do DNA, através de fervura  durante 10 minutos, as amostras foram submetidas à técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction) e,  posteriormente, à técnica de RFLP (Restriction  Fragment Length Polymorphism) nos produtos obtidos da PCR, utilizando-se as  enzimas de restrição BstCI e HhaI, caracterizando-se molecularmente M. nana 42/52 (80,8%) e M. slooffiae 10/52 (19,2%). Duas cepas  de cada uma das espécies foram encaminhadas para sequenciamento genético. A  análise do sequenciamento da região dos genes 26S rRNA D1/D2 e ITS1-5.8S-ITS2  rRNA das quatro cepas analisadas confirmou, molecularmente, duas cepas como  sendo M. nana e as outras duas como M. slooffiae.  Neste estudo, M. nana foi a principal  espécie do gênero Malassezia encontrada em conduto auditivo externo de equinos, representando mais de 80%  das cepas, não se isolando M. equina,  como seria esperado. Portanto, novos levantamentos epidemiológicos devem ser  realizados em diferentes regiões, a fim de se confirmar este achado. Conclui-se  que a caracterização genética é imprescindível em estudos com amostras clínicas  provenientes de equinos e evidencia-se a necessidade de se ampliar pesquisas  que possibilitem maior compreensão do encontro dessas leveduras  lipodependentes, e as espécies constituintes da microbiota, uma vez que, em  outras espécies animais, já está demonstrado que Malassezia spp. podem se constituir em importantes agentes  etiológicos de infecções micóticas.
          Palavras-chave: Malassezia; equinos; microbiota; conduto auditivo externo.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Pesquisa  de Malassezia spp. em conduto  auditivo externo e pelame de equinos sadios.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e  doenças infecciosas veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Renata de Oliveira Iovine
            Orientador(a): Vania Maria de Carvalho
            Data  da defesa: 18/02/2013
          Resumo: Medicina da Conservação (One world, One health) é a área da  ciência que compreende o estudo das doenças que resultam da interação entre o  homem, animais e meio ambiente. Dentre as bactérias com potencial zoonótico  encontram-se Escherichia coli e Salmonella spp., empregadas também como  medidas de contaminação ambiental e/ou ação antrópica. O objetivo deste  trabalho foi a pesquisa de E. coli patogênicas e Salmonella spp., e sua  resistência a antibacterianos, em mamíferos selvagens capturados em quatro  diferentes áreas naturais brasileiras. Foram coletados swabs retais de 66  animais de diferentes espécies, processados segundo protocolos já estabelecidos  para o isolamento de E. coli e Salmonella. As cepas foram analisadas  quanto à resistência a antimicrobianos de acordo com padronização  internacional. Para as E. coli, foram  pesquisados, por meio de PCR, genes referentes às cepas diarreiogênicas, ExPEC e grupos filogenéticos. Foram isoladas  quatro cepas de Salmonella enterica,  sorotipos 60:r:e,n,z15, Belem, Newport e Carrau, sendo este último  multirresistente. Oitenta e seis cepas de E.  coli foram isoladas e as provenientes de animais do Parque Estadual da  Cantareira (São Paulo) apresentaram pelo menos um dos genes pesquisados; 51,5%  e 35,0% dos isolados dos animais, respectivamente, de Nhecolândia (Pantanal) e  Parque Estadual da Serra da Tiririca/Reserva Ecológica Darcy Ribeiro (Rio de  Janeiro), não apresentaram os genes pesquisados, sendo 20 o percentual de cepas  negativas em Santa Isabel do Rio Negro (Amazônia). O grupo filogenético B1 foi  prevalente entre os isolados (42,0%). Acima de 50,0% das cepas isoladas de  todos os locais foram resistentes a antimicrobianos, especialmente  β-lactâmicos, sendo que quatro cepas de E.  coli obtidas de animais do Parque Estadual da Cantareira, local com alta  ação antrópica, apresentaram multirresistência. A intensa ação humana pode  levar à contaminação ambiental por cepas resistentes e/ou com potencial  patogênico que, por sua vez, podem ser transmitidas para os animais selvagens.
          Palavras-chave: Salmonella; E. coli; Animais  Selvagens. 
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha  de Pesquisa: Avaliação Imunopatológica das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e  doenças infecciosas veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Tatiana Mara Monteiro Paixão 
            Orientador(a): Mario Mariano
            Data  da defesa: 22/02/2013
          Resumo: As células B-1 são encontradas  predominantemente nas cavidades pleural e peritoneal de camundongos. Sua origem  e função ainda não são completamente conhecidas. Elas apresentam marcadores de  superfície de linhagens mieloide e linfoide e migram para focos inflamatórios,  comportando-se como células fagocíticas.
            As reavaliações desses fenômenos,  tanto a migração quanto a diferenciação, foram os objetivos deste trabalho.  Para isso, foram utilizados camundongos das linhagens BALB/c e BALB/xid. Estes,  imunodeficientes em linfócitos B-1, receberam essas células marcadas com CFSE  por transferência intraperitoneal adotiva.
            Lamínulas circulares de vidro  foram implantadas no tecido subcutâneo dos animais para a formação de um foco  inflamatório agudo inespecífico. Após diferentes tempos, os camundongos foram  sacrificados e os implantes removidos. As células aderentes nas lamínulas,  obtidas por raspagem, receberam anticorpos para marcação das seguintes  moléculas de superfície: CD19, CD23, CD11b e F4/80. Foram então analisadas em  citômetro de fluxo.
            Os resultados mostram que células  B-1(CD19+CD23- CD11b+) migram para o foco inflamatório induzido sendo  detectadas após 6, 24 e 48 horas do implante das lamínulas em camundongos  BALB/c e em 48 horas após, em animais xid com células transferidas. O aumento  da expressão de F4/80 em células CD19+ sugere o início de diferenciação de B-1  em fagócitos mononucleares.
            Os dados demonstraram que células  B-1 migram da cavidade peritoneal para um foco inflamatório agudo inespecífico  e se diferenciam em células fagocíticas.
          Palavras-chave: Célula B-1. Migração.  Diferenciação. Inflamação 
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos  Experimentais em Patologia e Toxicologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e  doenças infecciosas veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Andreza Pereira dos Santos
            Orientador(a): Lúcia Jamli Abel
            Data  da defesa: 27/02/2013
          Resumo: A Terapia Fotodinâmica (TFD)  envolve a ativação de substâncias fotossensíveis com uma fonte de luz,  promovendo a formação de espécies reativas de oxigênio e de radicais livres  visando à destruição dos tecidos alvos. A TFD apresenta resultados  satisfatórios para o tratamento do câncer sob o ponto de vista médico, sendo  viável para tratamento de doenças como psoríase, vitiligo e melanoma. Estudos  sobre novos compostos e entender os mecanismos de ação dos agentes  fotossensíveis tornam-se imperativos para obtenção de melhores resultados  clínicos. 
            O presente trabalho teve como  objetivo analisar e comparar o efeito de uma formulação micro e nanoencapsulada  contendo porfirina 3MMe em linhagens de fibroblastos NIH 3T3, melanoma murino  B16-F10 e melanócito Melan-A in vitro por meio de indicadores de função e viabilidade celular. Avaliou-se, ainda, o  efeito da formulação micro e nanoencapsulada contendo porfirina 3MMe em modelos  experimentais de melanoma murino in vivo.  Os resultados mostraram que a citotoxicidade celular foi diretamente  proporcional à concentração de porfirina 3MMe e tempo de incubação e  irradiação, sendo o tratamento significativamente mais efetivo para as células  da linhagem B16-F10 em relação às células da linhagem 3T3 e Melan-A. Não foi  observada citotoxicidade celular na presença de porfirina 3MMe na ausência de  luz (grupo controle), comprovando a ação fotodinâmica da formulação. 
            Estudos in vivo mostraram que os animais com melanoma, que receberam a  porfirina e foram irradiados apresentaram diminuição significativa da massa  tumoral em relação aos demais grupos controle, com presença de focos  hemorrágicos e erosão associados à presença de necrose da epiderme, indicando  ação fotodinâmica da porfirina 3MMe. 
            De acordo com os resultados, a  formulação de micro e nanocápsulas poliméricas contendo porfirina 3MMe  apresentou efeitos citotóxicos in vitro e in vivo, com potencial terapêutico  e promissor no tratamento de melanoma pela TFD.
          Palavras-chave: Melanoma; Fotossensibilizador;  Terapia Fotodinâmica; Porfirinas. 
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos  Experimentais em Patologia e Toxicologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e  doenças infecciosas veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Fabiana Rodrigues de Santana
            Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
            Data  da defesa: 28/02/2013
          Resumo: A leishmaniose é uma zoonose causada por  protozoários intracelulares do sistema fagocítico mononuclear. A modulação da  atividade dessas células pode impactar a relação hospedeiro/parasita e o  prognóstico da doença. O presente trabalho avaliou a atividade dos medicamentos  homeopáticos Timulina 5 cH e Antimonium  crudum 30 cH na infecção experimental por Leishmania (L.) amazonensis.  Camundongos Balb/c, machos, foram inoculados com 2x106 promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis no coxim plantar e, após 60 dias, foi feita a análise  de citometria de fluxo das células do lavado peritoneal e do baço, além da  colheita da pata com lesão, do linfonodo local e do baço, para análise  histológica. Camundongos tratados com Timulina 5 cH apresentaram aumento de  células B-1 no peritônio e baço (X2, p=0.0001). Além disso, observando-se as  lesões plantares coradas pelo método Giemsa, a quantidade de formas amastigotas  diminuiu nos animais tratados com Timulina 5 cH. No grupo tratado com Antimonium crudum 30 cH houve redução da  resposta inflamatória local, evidenciada histologicamente, sem alteração no  número de parasitas na lesão. A imuno-histoquímica seguida de histometria do  coxim plantar evidenciou redução de células CD3+, C45RA+ e CD11b+ nesses  animais. Portanto, os medicamentos homeopáticos Timulina 5 cH e Antimonium crudum 30 cH alteram o perfil  de células inflamatórias envolvidas na resposta cutânea à Leishmania sp., interferindo na relação hospedeiro/parasita por  mecanismos distintos, ora modulando a resposta imune, ora reduzindo a  inflamação local e os sintomas da doença.
          Palavras-chave: Leishmania (L.) amazonensis;  Timulina; Antimonium crudum;  Homeopatia; Modelo Experimental.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Patogenia  das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e  doenças infecciosas veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Paula Andreotti Rodrigues
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data  da defesa: 28/02/2013
          Resumo: Extratos vegetais antitumorais e  antibacterianos obtidos das espécies Amphirrhox longifolia (Violaceae), Abarema  auriculata, Pentaclethra macroloba e Swartzia sericea var. sericea (Fabaceae),  Xylopia aromatica (Annonaceae), Symphonia globulifera e Moronobea coccinea  (Clusiaceae), Picrolemma sprucei (Simaroubaceae), Laetia suaveolens  (Salicaceae) e Ipomoea alba foram previamente avaliados quanto à toxicidade e  quanto à influência sobre ansiedade e locomoção. No presente estudo, os mesmos  extratos foram avaliados quanto à influência sobre a concentração de  testosterona sérica em camundongos machos adultos. Grupos teste de 12 animais  foram usados para testar cada um dos extratos e grupos de 12 animais controle negativo  (veículo usado para suspender os extratos foi óleo de amêndoas) e positivo (testosteronai  administrada por via oral e intraperitoneal (V.O. e I.P)). Doses  correspondentes a 10% da dose não letal (dado obtido em trabalhos anteriores de  nosso grupo) de cada extrato foram administradas V.O., por seis dias  consecutivos, com descanso no sétimo dia. Seis animais de cada grupo foram  eutanasiados no 22º dia de tratamento, e o peso corporal e dos  testículos/epidídimo foram obtidos, como o sangue foi retirado para a  quantificação hormonal em kits ELISA.  Os seis animais remanescentes permaneceram por mais 23 dias sem receber os  tratamentos e, no 45º dia, foram pesados, eutanasiados, os testículos+epidídimo  foram retirados e pesados e o sangue retirado para se medir a quantidade de  testosterona sérica. Os extratos antitumorais e antibacterianos testados,  identificados como EB149, EB284, EB689, EB719, EB827, EB1097, EB1151, EB1257,  EB1493 e EB1765, interferiram na concentração sérica de testosterona em  camundongos pós-púberes. O peso corpóreo dos camundongos tratados com os  extratos EB817, EB1097, EB1257, EB1493 e EB1765 apresentou-se alterado em  relação aos dos grupos controle; por esse motivo, ao analisar o ganho de peso  no período de tratamento, observou-se que apenas os camundongos tratados com os  extratos EB149 e EB689 apresentaram alterações em relação aos animais dos  grupos controle. Por fim, camundongos tratados com os extratos EB827, EB1257 e  EB1765 apresentaram testículos+epidídimo (pesados em conjunto) com peso mais  elevado, em relação aos camundongos dos grupos controle.
          Palavras-chave: extratos vegetais; testosterona;  toxicidade; hormônios.
            Área de Concentração: Patologia  Ambiental e Experimental.
            Linha de Pesquisa: Modelos  Experimentais em Patologia e Toxicologia.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.