Autor(a): Daniela Fernandes Gusmão
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data da defesa: 23/02/2011
          Resumo: Este trabalho faz parte de um  projeto de pesquisa em bioprospecção implementado pelo Laboratório de Extração  da Universidade Paulista (UNIP) com o objetivo de identificar extratos vegetais  e novos produtos naturais antitumorais e antibacterianos. Dentre muitos  extratos que apresentaram atividade biológica nos modelos in vitro, este projeto visou ao estudo de dois deles, o extrato  orgânico obtido do caule de Abarema  auriculata (nº689) e o extrato orgânico obtido do caule de Symphonia globulifera (nº 1257). Estudos  prévios demonstraram que o extrato de A.auriculata (EB- 689) apresentou atividade antitumoral contra células de tumor de mama, de  sistema nervoso central e de próstata. Já o extrato de S. globulifera (EB-1257) apresenta atividade contra Enterococcus  faecalis e Staphylococcus aureus.  A partir da identificação de extratos ativos in vitro, a necessidade de se testar extratos e seus produtos em  animais de laboratório é o passo natural a ser seguido. Porém, antes que  estudos farmacológicos sejam efetivamente realizados, é importante que alguns  estudos toxicológicos sejam feitos, de modo a se caracterizar possíveis efeitos  indesejados que podem interferir na atuação farmacológica plena dos compostos  ativos. Para tanto, foram selecionados ensaios toxicológicos agudos que  proporcionam a observação de efeitos indesejados, caso ocorram, em um número  significante de sistemas fisiológicos de camundongos. Esses ensaios foram  feitos em duas etapas. Na primeira, executou-se uma prospecção dos efeitos  tóxicos de diferentes concentrações do extrato, seus efeitos na atividade geral  observada em campo aberto e a resposta em labirinto em cruz elevada. Ao final  dessa etapa, os camundongos foram necropsiados. Na segunda etapa, investigaram-se os efeitos da dose não letal dos  extratos seguida também da observação da atividade geral em campo aberto dos  animais.
          Palavras-chave: Antitumoral; Antibacteriano; Dose  Não Letal.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia.
        
        
          
          Autor(a): Dirce  Mimoto Estork
            Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
            Data da defesa: 24/02/2011
          Resumo: A partir do programa de triagem de  extratos vegetais antitumorais e antimicrobianos, foram identificados dois  extratos orgânicos ativos, de Laetia  suaveolens (EB 719) e Swartzia sericea var. sericea (EB 1097), contra  células de tumor humano de próstata e mama. Estes extratos foram estudados  quanto à toxicidade aguda, em modelo com camundongos, cuja administração foi  intraperitoneal e o tempo de observação foi de 14 dias. A partir do modelo  experimental adotado, foram determinadas as doses letais 50 % para ambos os  extratos. Dados referentes a alterações comportamentais foram obtidos para  ambos os extratos nos modelos de campo aberto e labirinto em cruz elevado. Os  extratos foram submetidos ao isolamento de compostos apolares. Por fim,  compostos apolares foram isolados por técnicas de cromatografia em camada  delgada e em coluna. A DL50 obtida para EB 719 foi de 178 mg/kg, e para EB 1097, de 44 mg/kg. O tratamento com EB 719 mostrou tendência a alterar de modo significativo  alguns parâmetros do sistema nervoso autônomo, psicomotores e sensoriais. Já EB 1097 demonstra uma tendência a alterações significantes na atividade geral e  nos parâmetros sensoriais. EB 719 altera a frequência de locomoção dos animais,  só readquirindo a capacidade locomotora após administração das doses mais  baixas e o parâmetro defecação apresentou-se alterado em todos os tratamentos.  Para o extrato EB 1097, a imobilidade foi extremamente significante, assim como  a influência do tratamento sobre a defecação e o grooming. Foram isolados α-tocoferol e β-sitosterol de EB 719 e  lup-20(29)-en-3β24-diol foi isolado de EB 1097. 
          Palavras-chave: Laetia Suaveolens; Swartzia Sericea; Toxicidade.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia. 
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Triagem de plantas brasileiras com  atividade antitumoral.
        
        
          
          Autor(a): Julieta  Catarina Burke
            Orientador(a): Selene Dall’Acqua Coutinho>
            Data da defesa: 25/02/2011
          Resumo: Atualmente existem 44 famílias de anuros contendo 5679 espécies; no Brasil, há 877 espécies de  anfíbios conhecidas. Ante essa biodiversidade, o país ocupa a primeira  colocação em relação àqueles com maior riqueza de espécies de anfíbios. Vários  patógenos (vírus, bactérias e parasitas) podem ocasionar enfermidades nesses  animais, dentre essas doenças, a chytridiomicose vem ganhando importância,  desde a sua descrição em 1998. Essa micose é causada pelo Batrachochytrium  dendrobatidis, da classe Chytridiomycetes, ordem Rhizophydiales. Devido ao crescimento ocorrer no  interior de células queratinizadas, em anfíbios causa uma micose cutânea que, posteriormente, pode levar o animal à morte,  pois a pele tem como funções a respiração, osmorregulação e defesa. Diversos  estudos têm associado o fungo Batrachochytrium dendrobatidis ao declínio  de populações de anfíbios ao redor do mundo. No Brasil, a presença desse fungo  foi relatada pela primeira vez em 2005, em anuros da Mata Atlântica, porém, de  acordo com a OIE (World Organisation for  Animal Health) não existe registro natural da doença no país. Este trabalho  teve como objetivo a detecção de B. dendrobatidis em anuros adultos da Mata Atlântica,  do município de Boracéia - São Paulo. Foram colhidos swabs de pele de 78 animais sem lesões macroscópicas, mantidos em  álcool etílico P.A., e processados no Laboratório de Biologia Molecular e  Celular da Universidade Paulista, para  extração do rDNA fúngico. A identificação de B. dendrobatidis foi  realizada pela técnica de PCR (reação em cadeia da polimerase), com limite de  detecção ao redor de 10 zoósporos, utilizando-se iniciadores com sequências  específicas. O fungo foi detectado em 16/78 (20,5%) das amostras pesquisadas. A  alta prevalência observada confirma que o fungo está presente em anuros de vida  livre, sem lesões aparentes, caracterizando o estado de portador assintomático  e a técnica de PCR foi adequada para sua detecção.
          Palavras-chave: Batrachochytrium  Dendrobatidis; Anuros;  Boracéia; PCR; Portador Assintomático.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Avaliação  Imunopatológica das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas  veterinárias.
        
        
          
          Autor(a): Beatriz de Bem Kerr Martins
            Orientador(a): Mario Mariano
            Data da defesa: 07/04/2011
          Resumo: O tumor de Ehrlich (TE) é uma  neoplasia de origem epitelial mamária, transplantável em camundongos. O TE pode  ter duas formas: a forma ascítica, quando a inoculação das células neoplásicas  é feita na cavidade peritoneal, e forma sólida, quando a inoculação é feita no  tecido subcutâneo. Células B-1 são encontradas predominantemente nas cavidades  peritoneal e pleural. Tem sido demonstrado que as células de melanoma B16F10  são capazes de interagir com células B-1 por meio de uma molécula de adesão,  MUC18, tornando o tumor mais invasivo e metastático. Neste estudo, foi avaliada  a influência de células B-1a e B-1b no crescimento do tumor quando sao  inoculadas simultaneamente às celulas do TE no coxim plantar. Foram utilizados  quatro grupos de animais e avaliado o crescimento do tumor nos animais  do grupo controle (esses grupos receberam somente as células tumorais), animais  que receberam as células tumorais e células B-1a e animais que receberam as  células tumorais e células B-1b. Um segundo grupo controle foi utilizado, o  qual recebeu as células tumorais e linfócitos B-2. Foi observada diferença  significativa entre os grupos, sugerindo que células B-1 participam  negativamente na evolução deste tipo de neoplasia. Este trabalho demonstra que  o efeito que a célula B-1 causa no crescimento  do melanoma não é um fenômeno generalizado
          Palavras-chave: Tumor de Ehrlich; Células B-1;  Imunidade.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Aspectos moleculares  da diferenciação e transformação celular do sistema hematopoiético.
        
        
          
          Autor(a): Andréia de Oliveira Joaquim
            Orientador(a): Maria Martha Bernardi
            Data da defesa: 01/07/2011
          Resumo: O glifosato é um herbicida  sistêmico pós-emergente e não seletivo, largamente utilizado na agricultura. Considerado um dos  maiores poluidores de rios e águas de superfície, sua presença na cadeia  alimentar aponta para a possibilidade da contaminação dos animais e do homem.  Trabalhos sugerem que este herbicida é um desregulador endócrino. O objetivo deste trabalho foi investigar os  efeitos sexualmente dimórficos da administração na idade adulta ou durante a  puberdade de uma formulação comercial de glifosato [GFR] em parâmetros  comportamentais de camundongos. Os modelos animais usados foram a atividade  geral observada em campo aberto (CA), ansiedade-like efeito avaliada em  labirinto em cruz elevado (LCE) e depressão-like efeitos medida pelo teste de Porsolt (TNF).  Utilizaram-se camundongos machos [CM] e fêmeas [CF] adultos e com 23 dias.  Inicialmente estabeleceram-se as doses e latência para o efeito da GFR. A  seguir, avaliou-se os sinais de  toxicidade de 100mg/kg-1 do GFR. A partir destes dados, administrou-se o GFR a CM e CF e após 15 minutos estudou-se os efeitos do herbicida ou de seu veículo no CA, LCE e TNF. Nos estudos  prolongados, camundongos recém-desmamados receberam per os 50 mgKg-1 do GFR ou  água do dia 23 aos 45 dias de vida. Os experimentos foram realizados 10 dias  após o término dos tratamentos. Os resultados mostraram que: 1) a latência de  efeito das diferentes doses foi de 15 min.; 2) o GFR promoveu redução sensorial nos CF e psicomotor em ambos os sexos. Nos  experimentos agudos verificou-se que 100mgKg-1 de GFR, produziu :1) no CA:  redução do comportamento exploratório nos CM e CF; 2) no LCE: redução da  atividade exploratória em CM e aumento desta nas CF, ausência de ansiedade nos  dois sexos; 5) no TNF: diferenças entre sexos em relação à latência de  flutuação. Nos experimentos prolongados a administração de 50 mgKg-1 do GFR promoveu: 1) no CA: perfil de locomoção de CM e CF semelhantes; 7) no LCE:  redução do comportamento exploratório de CM; 8)no TNF: os CM apresentaram  perfil similar aos CF, reforçando o efeito de desregulador endócrino da FG.
          Palavras-chave: Glifosato; Desregulador endócrino;  Labirinto em cruz elevado; Campo aberto; Natação forçada.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia. 
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
        
        
          
          Autor(a): Cesar Sato
            Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
            Data da defesa: 01/07/2011
          Resumo: Em estudos anteriores, constatou-se que a timulina (hormônio tímico),  quando preparada homeopaticamente na potência 5cH, tem a propriedade de  melhorar a performance produtiva em  um galpão de frangos de corte infectados por reovírus, e modular o  desenvolvimento do tumor de Ehrlich e de lesões inflamatórias granulomatosas em  camundongos, por meio de mecanismos imunomediados. O presente trabalho teve  como finalidade estudar amiúde os mecanismos imunomoduladores da timulina 5cH  no modelo experimental granulomatoso induzido por BCG em camundongos, com  especial enfoque para células B-1 e para a participação do zinco no processo  imunomodulatório. Para isso, três grupos de camundongos Balb/c, SPF, machos  (grupo A tratado com timulina 5cH, grupo B tratado com timulina 5cH + Chelex e  grupo C controle tratado com o veículo) foram inoculados com BCG no coxim  plantar esquerdo, e tanto o granuloma subcutâneo quanto o baço foram colhidos  para avaliação histomorfométrica dos macrófagos presentes, por meio de fixação,  inclusão em parafina e coloração por HE, Azul da Prússia e Ziehl-Neelsen. A  citometria de fluxo foi utilizada para caracterizar e quantificar as células  presentes no peritônio do camundongo. Nesse caso, foi feita a quantificação de  células positivas para CD11b (fagócitos ativados, células B-1), CD19 (células  B-1 e B-2), CD23 (negativo nas células B-1, positivo nas células B-2) e CD5  (células B-1a), presentes no lavado peritoneal. A análise estatística foi feita  utilizando o teste de Kruskal – Wallis/Dunn para avaliações não paramétricas, e  o teste Anova/Tuckey-Krammer para as paramétricas. O método do X2 foi utilizado  para avaliação da contagem celular em citometria de fluxo. Os valores de p≤0,05  foram considerados estatisticamente significantes. Os resultados mostraram que  a timulina 5cH induziu aumento do edema na lesão 7 e 21 dias após a inoculação  do BCG e aumento da área folicular do baço. A citometria demonstra progressivo  aumento de células derivadas de monócitos e diminuição de fagócitos derivados  de B-1 na cavidade peritoneal em função do tempo; entretanto, camundongos  tratados com timulina 5cH apresentam clara persistência de fagócitos derivados  de B-1 no peritôneo aos 21 dias. Ao mesmo tempo, o escore de macrófagos  infectados no granuloma diminui significativamente, indicando remissão da  infecção. Dessa forma, conclui-se que a timulina 5cH modula o processo  granulomatoso induzido por BCG, por meio de mecanismos imunopatológicos  relacionados com a diferenciação de células B-1 em fagócitos na cavidade  peritoneal do camundongo. O tratamento da amostra com Chelex permite descartar  a hipótese de efeito inespecífico da timulina 5cH por contaminação de Zn em  concentrações imunomoduladoras.
          Palavras-chave: Timulina 5Ch; Granuloma; Células  B-1.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia. 
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Biologia da diferenciação celular.
        
        
          
          Autor(a): Summaia Farah
            Orientador(a): Vania Maria de Carvalho
            Data da defesa: 01/07/2011
          Resumo: Escherichia  coli é uma bactéria comensal de intestino dos animais  de sangue quente. Ao longo da escala evolutiva, porém, vários clones adquiriram  fatores de virulência (FV) específicos tornando-se patogênicos para homens e  animais. As E. coli patogênicas podem  ser divididas em dois grupos distintos: E.  coli diarreiogênicas e as que causam doenças extraintestinais – chamadas  genericamente de ExPEC. As ExPEC são consideradas importantes patógenos  relacionados à Saúde Pública e estão relacionadas, também, a doenças animais.  Neste trabalho, objetivou-se o estudo do perfil de virulência e a relação deste  com a resistência a antibióticos em amostras de ExPEC dos sorogrupos O2 e O25,  isoladas de infecções urinárias de cães e gatos, piometra canina e amostras  fecais de fragatas de vida livre, aparentemente sadias. As amostras de E. coli foram analisadas por PCR para  pesquisar genes que codificam FV específicos, incluindo: genes associados à  expressão de adesinas (fimH, papC, papEF, sfa), invasina (ibeA), toxinas (cnf1,  hlyA), sideróforos (iucD, fyuA), evasina (traT), plasmídeo ColV (cvaC) e ilha  de patogenicidade (malX). A sensibilidade aos antimicrobianos foi pesquisada  segundo os padrões internacionais. Todas as 19 amostras pesquisadas apresentaram  variado número de genes de virulência, e as cepas O2 apresentaram maior média  de genes de virulência (7,5) que as O25 (6,1). Todas as cepas foram positivas  para os genes fimH, fyuA e malX, tendo os isolados O2 maior frequência dos  genes pap, cnf1, hlyA, iucD e cvaC, enquanto ibeA foi mais frequente no  sorogrupo O25. Sete cepas (37%) apresentaram alguma resistência aos  antimicrobianos, sendo cinco delas multirresistentes. A combinação de variados FV com resistência a antibióticos pode possibilitar a seleção de cepas com alto  poder de patogenicidade. O fato dessas cepas serem de sorogrupos classicamente  envolvidos em doenças humanas é indicativo da importância desses patógenos  isolados de animais para a Saúde Pública. A detecção de multirresistência em  isolado de ave selvagem com alto potencial patogênico sugere que esses  patógenos podem ter impacto na Saúde Ambiental.
          Palavras-chave: Escherichia Coli; ExPEC; APEC; UPEC; Sorogrupos O2 e O25; Resistência a Antibióticos.
            Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
            Linha de Pesquisa: Avaliação  Imunopatológica das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas  veterinárias.