Autor(a): Ana Paula Kawakami
          Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
          Data da defesa: 05/03/2009
          Resumo: O presente trabalho visa demonstrar a ação da Arnica  montana 6CH sobre a modulação do edema, da dinâmica vascular e da migração  celular na reação inflamatória aguda em ratos, com ênfase nas variações  individuais. Ratos Wistar machos e adultos foram submetidos à inoculação  subcutânea plantar de carragenina 1% e tratados com Arnica montana 6CH,  dexametasona (4,0 mg/kg) ou solução hidroalcoólica 5% (controle), por via oral  (10µL/100g), a cada 15 minutos, entre 30 e 180 minutos após a inoculação da  carragenina. Ao final do tratamento, os animais foram sacrificados e o tecido  subcutâneo da pata inoculada foi coletado para exame histopatológico e  utilização de métodos imunohistoquímicos para identificação e quantificação dos  seguintes marcadores: CD3, CD45RA, CD18, CD163, CD54 e MAC 387. O tratamento  estatístico dos dados incluiu a classificação dos 20 animais de cada grupo  experimental em dois subgrupos: 10 ratos que apresentaram edema precoce e 10  animais que apresentaram edema tardio antes do início dos tratamentos. Os  animais que manifestaram edema precoce foram menos responsivos à Arnica  montana 6CH em relação àqueles que fizeram edema tardio, pois não  apresentaram diferenças em relação ao grupo controle quanto à maior parte dos  parâmetros estudados, embora apresentassem maior porcentagem de mastócitos  degranulados (p=0,0001) e maior expressão de CD54 (p=0,03). Os ratos que  manifestaram edema tardio foram mais responsivos à Arnica montana 6CH,  ou seja: apresentaram menor intensidade de edema (p=0,01), menor porcentagem de  degranulação de mastócitos (p=0,0001) e maior diâmetro de vasos linfáticos  (p=0,05) em relação ao controle. Não houve diferenças significativas quanto à  contagem diferencial de células inflamatórias entre grupos e subgrupos.  Conclui-se que os efeitos da Arnica montana 6CH sobre a fisiopatologia  do processo inflamatório agudo em ratos são relevantes quando se considera a  absorção do edema e podem variar de acordo com as características individuais.
        Palavras-chave: Inflamação. Imunohistoquímica. Homeopatia. Arnica Montana.
          Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
          Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia. 
        
		  
		  
        
          
          Autor(a): Graziela Habib Nardi
          Orientador(a): Selene Dall'Acqua Coutinho
          Data da defesa: 03/04/2009
          Resumo: Malassezia pachydermatis é um agente etiológico  oportunista não lipodependente frequentemente associado a otites e dermatites  caninas. Entretanto, nos últimos anos, espécies lipodependentes também têm sido  isoladas de animais. O objetivo do presente estudo foi investigar a presença de  espécies do gênero Malassezia em conduto auditivo externo de 25 cães  sadios e de 25 com otite (52 condutos auditivos sadios e 48 com infecção),  perfazendo 100 amostras clínicas. As amostras foram obtidas pela introdução de swab estéril no conduto auditivo, após limpeza com solução de álcool-éter. Os swabs foram semeados em placas contendo meio de ágar Sabouraud dextrose modificado,  incubadas a 35ºC por duas semanas. Os isolados foram estudados por meio da  macro e micromorfologia e identificados fenotipicamente pelas provas de  catalase, degradação de esculina, crescimento ante a Tween 20, 40, 60 e  80 e Cremophor-EL. Pesquisou-se ainda a produção das enzimas fosfolipase  e proteinase, possíveis fatores de virulência da levedura. Isolou-se Malassezia spp. em 18/25 (72%) dos cães sadios e 19/25 (76%) daqueles com otite,  correspondendo a 28/52 (54%) e 33/48 (69%) respectivamente, de condutos sãos e  com infecção; houveram animais dos quais se isolou mais de uma cepa por  conduto. M. pachydermatis foi a espécie mais frequente, sendo isolada em  100% (30/30) e 89% (31/35) de cepas isoladas, respectivamente, de cerúmen e  secreção ótica; cepas de M. pachydermatis lipodependentes foram isoladas  em três cães com infecção (3/19 – 16%) e de quatro condutos destes (4/35 –  11%); essas cepas haviam sido identificadas fenotipicamente com M. furfur.  Todas as cepas foram caracterizadas por meio das técnicas de Pulsed Field  Gel Electrophoresis (PFGE) e Restriction Fragment Length  Polymorphism (RFLP) como M. pachydermatis, apresentando 94% de  concordância com as técnicas fenotípicas; entretanto, as cepas lipodependentes  apresentaram diversidade genética em relação às não lipodependentes pela  técnica de PFGE. Proteinase foi produzida por 24/30 (80%) para isolados  provenientes de cães sadios e 29/35 (83%) para os de infecção, enquanto, para  fosfolipase, 19/30 (63%) e 20/35 (57%) foram obtidos, respectivamente, dos  isolados de cães sadios e com infecção. Conclui-se que os métodos fenotípicos  de identificação são aceitáveis para a rotina laboratorial; porém, se os  laboratórios veterinários não incluírem em sua metodologia meios de cultivo  acrescidos de lipídeos, ocorrerão resultados falso-negativos.
        Palavras-chave: Malassezia spp. M. pachydermatis.  Otite. Microbiota. Cães. Tipagem Molecular. PFGE. PCR-RFLP. Exoenzimas.
          Área  de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
          Linha  de Pesquisa: Avaliação Imunopatológica das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
          Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec -  Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
        
        				  
		  
        
           
           
           
        
		  
		  
        
          
          Autor(a): Renata Alcantara do Nascimento
          Orientador(a): Maria Anete Lallo
          Data da defesa: 26/10/2009
          Resumo: O Cryptosporidium é um protozoário oportunista que se  aproveita da baixa resposta imune dos hospedeiros para se instalar nos  intestinos, vias biliares, estomâgo ou trato respiratório. O objetivo do  presente trabalho foi estudar a infecção experimental pelo Cryptosporidium  parvum em camundongos Balb-c imunossuprimidos farmacologicamente com  dexametasona (Dx) ou com ciclofosfamida (Cy). Sessenta camundongos livres de  patógenos específicos foram divididos em 6 grupos: Grupo 1 (n=15) - animais  tratados com Dx ( 10 mg/kg/dia por via intraperitoneal - ip) e inoculados com Cryptosporidium  parvum; Grupo 2 ( n=5 )- animais tratados com Dx ( 10mg/kg/dia, via ip ) e  não inoculados com C. parvum; Grupo 3 ( n=15) - animais tratados com Cy ( 75mg/ kg, duas doses semanais, via ip ) e   inoculados com C. parvum; Grupo 4 (n=5 ) - animais tratados com Cy e não inoculados com C. parvum; Grupo 5 ( n=15 )- animais não tratados  com fármacos imunossupresores e inoculados com C. parvum , e Grupo 6 (  n=5 ) - animais não tratados com fármacos imunossupressores e não inoculados  com C. parvum. Os camundongos dos grupos 1, 3 e 5  receberam 1 x 10³ oocistos de C. parvum.  Semanalmente foi coletado um pellet de fezes de cada grupo, sendo estes  submetidos à técnica de centrífugo-sedimentação com água-éter e ,  posteriormente, à técnica modificada de Kinyoun a frio. Os animais foram  eutanasiados aos 14, 21, 28 e 35 dias pós inoculação e fragmentos de intestino  delgado e baço foram colhidos, fixados em formol tamponado a 10% e incluídos em  parafina. Cortes histológicos dos fragmentos foram corados pala técnica de H-E,  PAS, Ziehl- Neelsen e Kinioun a frio. Os camundongos tratados com Dx ( grupo 1  ) ou Cy (grupo 3 ) e inoculados com C. parvum apresentaram somente  pelame eriçado, a partir do 14º dia de inoculação. Nos camundongos dos demais  grupos , nenhuma alteração clínica compatível com a infecção foi  observada.Oocistos de C. parvum foram encontrados nas amostras fecais  dos camundongos dos grupos 1 e 3 , a partir da 2ª semana pós- inoculação. Os  oocistos mostravam-se como estruturas de forma esférica, coradas em vermelho  brilhante e medindo de 4 a 6 µm de diâmetro. Nos animais dos demais grupos ( 2,  4, 5 e 6 ), não foram observados oocistos nas fezes. Na necrópsia, os animais  dos grupos 1 e 3, aos 35 dias de infecção, apresentaram petéquias na parede do  íleo. No exame histopatológico dos animais dos grupos 1 e 3, a partir da 2ª  semana  pós-inoculação, encontrou-se  discreto infiltrado de células mononucleares na camada muscular e a presença de  oocistos nas criptas das vilosidades do íleo. Diante dos resultados  encontrados, pode-se concluir que os camundongos Balb-c imunossuprimidos com Dx ou com Cy foram susceptíveis à criptosporidiose experimental, servindo como  modelos animais para esta protozoose.
        Palavras-chave: Infecção  Experimental. Camundongos. Cryptosporidium Parvum. Modelo Animal.
          Área de Concentração: Imunopatologia  Veterinária.
          Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais  em Imunopatologia e Imunotoxicologia. 
          Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado  no CNPq: Clininfec -  Clínica e doenças infecciosas veterinárias.